Eu nasci em 2001, e não lembro da minha família usar uma câmera senão a digital. Comecei a aprender fotografia no digital, comprei uma DSLR — o D significa digital. E assim sempre foi meu mundo como um fotógrafo amador: instantâneo. Sete anos atrás, minha avó paterna me deu uma câmera de filme e um flash que ela tinha em casa. Eu já era entusiasta de fotografia, mas nunca dei devida atenção pra aquilo, afinal era de filme e quem usa filme em 2015?
É um exercício de paciência sim, mas muito mais do que isso usar a analógica me ajuda a trabalhar questões íntimas. Entre elas posso citar o medo que eu tenho de me frustrar por não saber o resultado na hora. A dúvida entre fotografar agora e esperar um momento melhor ou a luz mais bonita. Enfim, eu não tenho certeza e muito menos controle do que pode acontecer. Completei um ano fotografando com filme e não penso que vou trabalhar com filme para sempre, vejo como um meio que possibilita a reflexão, aventura e descoberta. Ao usar câmeras digitais agora, penso mais antes de clicar e o resultado no final do dia é um material sólido e que conta a história que deve ser contada.
Não pretendo ser conhecido pela fotografia e na verdade ela é um método para me conhecer, esse texto no fim é muito mais sobre mim do que sobre fotografia. As imagens abaixo são um compilado das minhas descobertas nesse período que me orgulho em compartilhar.
Back to Top